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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou na tarde desta quinta-feira (07/03) que a polícia agiu de forma correta em ação para dispersar bloco de carnaval na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, na noite desta terça-feira (05/03). Doria disse ainda que o PM que estava sem identificação e ameaçou a mulher após a ação foi afastado.
A Tribuna conseguiu com exclusividade o vídeo gravado por morador do bairro. O vídeo mostra o momento em que os policiais usam spray de pimenta contra poucas pessoas que estão na calçada do bar na Rua João de Barros, perto da Rua Brigadeiro Galvão. Na sequência, bombas de gás lacrimogêneo são lançadas. Segundo testemunhas, foram jogadas ao menos 5 delas. 1 PM com escopeta municiada de balas de borracha dispara 2 vezes em linha reta, em direção aos foliões, ferindo pelo menos 2 deles.
"O policial foi afastado e isso será investigado. Não há razão que estabeleça de nenhuma ordem para um policial militar ofender um cidadão mesmo em situação prisional e de flagrante isso não se justifica, em especial sendo uma mulher", completou Doria após inaugurar o Corujão da Saúde no hospital Sírio-Libanês, no Centro de São Paulo.
"Diante disso, o protocolo indica: dispersão. Os instrumentos foram esses, ninguém se feriu, não houve ninguém machucado. Bala de borracha é pronta resposta em caso de ameaça ou risco. Você tem protocolo 1, 2, 3. Bala de borracha machuca, mas vai no limite, por isso é de brorracha e está no protocolo. Os policiais não estavam ali para fazer uma ação com uso de uma força preventiva maior do que a ameaça que sofreram. Não vi as imagens mas ouvi o que me reportaram pelo Coronel Sales, uma pessoa correta, a informação dele para mim tem valor", afirmou.
Em nota, a SSP disse que um inquérito policial Militar (IPM) foi aberto pelo 4º Batalhão "para apurar toda a ocorrência e investigar a conduta do policial mencionado, que já está afastado do trabalho operacional. A Corregedoria companha a investigação. A instituição não compactua com eventuais desvios de conduta de seus agentes".
Segundo Paula Klein, diretora do Agora Vai, o bloco saiu às 15h e terminou às 19h, antes do horário previsto, por conta da forte chuva que atingiu a região. De acordo com ela, antes das 22h as vias já estavam liberadas e o som já tinha sido desligado. A abordagem ocorreu por volta das 22h30.
“A CET já tinha conversado com a gente falando que estava tudo certo, que estávamos dentro do horário. Às 22h já não tinha mais nada. Sobraram umas 15 pessoas dentro do bar, sendo que 6 delas eram parentes do dono do bar", disse. "As outras pessoas do bloco estavam ali limpando lixo, empilhando caixas de cerveja, conversando. Não tinha nem som ligado. Foi quando a polícia chegou mandando bala em quem estava no bar.”
As balas de borracha atingiram o maestro do bloco, Lincoln Antonio, e sua namorada, Thaís Campos. Segundo Lincoln, pelo menos 5 pessoas ficaram feridas.
"Eu vi quando o policial mirou em mim. Dei uma escapada e a bala pegou na minha bunda. A Thaís foi atingida na altura da costela, direto na pele" afirmou.
Após a ação, o casal e mais alguns integrantes do bloco tentaram relatar a abordagem violenta na 3ª Companhia do 4º Batalhão da PM, em Perdizes, responsável pelo patrulhamento da área. Chegando lá, encontraram o policial que havia atirado contra eles e iniciou-se uma discussão.
Sem identificação, o PM pediu que Thaís se mantivesse afastada. Quando foi questionado sobre o motivo de ter atirado, o policial afirmou que estava cumprindo o “direito previsto pelo artigo 5º Constituição, das pessoas que pagam IPVA de passarem com seus carros ali, o direito das pessoas de ter o seu devido descanso".
Lincoln então respondeu que estava na calçada e que o grupo não bloqueou a via. Em seguida, o policial fala para Thaís: “Não aponta o dedinho, não. Você vai tomar o atropelo. Não tenho nenhuma cerimônia em quebrar a cara de mulher”.
O grupo resolveu deixar o batalhão e seguir para a Corregedoria da PM.